Conteúdo tradicional durante o 3º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais no Colégio Farroupilha, o ensino sobre a história e a cultura açoriana encanta estudantes de forma interdisciplinar. O projeto “Um olhar sobre as calçadas portuguesas de Porto Alegre”, encabeçado pelas educadoras Lucélia Adami Nunes e Alice Rigoni Jacques, é desenvolvido nas diferentes áreas do conhecimento e tem como objetivo inaugurar os estudos sobre a cidade de Porto Alegre, o povoamento açoriano e aspectos de preservação do patrimônio cultural.
“Calçadas portuguesas, arquitetura açoriana, artesanatos, gastronomia, azulejos nas fachadas, trajes típicos, lendas, bandeiras dos Açores e Portugal, a vinda dos açorianos para o Brasil, a chegada ao novo país, as dificuldades enfrentadas, as cidades fundadas pelos açorianos, as famílias açorianas e seus sobrenomes são alguns dos temas que os estudantes trabalham em sala de aula por meio de projetos interdisciplinares, nos quais, evidenciam fatos marcantes que constituem a construção da identidade cultural da cidade de Porto Alegre, pois acreditamos que conhecer a história local estabelece vínculos afetivos importantes com a cidade e valoriza a história e o patrimônio cultural em que vivem e que aprenderam a amar”, explica Alice.
Calçadas portuguesas
A primeira atividade envolve o estudo sobre as calçadas portuguesas da capital gaúcha, presentes nas ruas e em diferentes pontos turísticos. Além de aprender sobre a influência dos Açores e de sua cultura na formação da cidade, os estudantes também relacionaram as fotografias das calçadas e suas figuras com a Matemática. O auxiliar de Ensino Laboratório, Samuel Fraga Da Silva, apresentou para as turmas o conteúdo de simetria, que é a propriedade de transformar ou mover uma figura sem alterar sua forma original. Ele explicou quais são as principais formas de simetria: reflexão, rotação e translação.
Danças tradicionais
Nas aulas de Educação Física, os estudantes vivenciaram danças do Folclore Gaúcho e Açoriano. As turmas das unidades Três Figueiras e Correia Lima recordaram o pezinho, passo tradicional da cultura do Rio Grande do Sul, e conheceram a dança Abana a Casaca, típica do arquipélago dos Açores. Nos movimentos, identificaram as suas semelhanças e contribuíram percebendo que o giro, com um gancho entre as duplas, parecia um moinho, um legado dos portugueses em nossa cultura.
Turismo em sala de aula
No Memorial do Colégio, a educadora Alice Rigoni Jacques convidou os alunos para uma viagem de turismo às ilhas sem sair da sala de aula. Eles fizeram um tour pelas nove ilhas dos Arquipélagos dos Açores, em espaços delimitados. Em cada “ilha”, participam de uma atividade de revisão do que foi desenvolvido durante o trimestre. Todo material construído ficará guardado na caixa de memórias açorianas.
Vulcões e enxofre
Em outra atividade, os estudantes produziram pequenos vulcões com argila, corantes, bicarbonato de sódio, vinagre e sabão, representando o Arquipélago dos Açores, composto por nove ilhas vulcânicas no Laboratório de Química.
Na oficina, os estudantes aprenderam, ainda, sobre o Enxofre, um dos componentes da tabela periódica. A proposta ajudou a complementar os conhecimentos sobre a formação do arquipélago. Eles entenderam como funcionam os gases, as camadas da terra, o magma e o núcleo.